Descrição
Sedentário, gordo, bêbado, fumante, estressado, promíscuo, drogado fazem parte da longa lista de “novos marginais” que assombram o bem-viver coletivo. Seres degradantes constituídos por um discurso político-sanitário mais fluído em sua sanha moralizante e menos solidário com quem dele se desvia: “não faz exercício porque é preguiçoso”; “é gordo de relaxado”; “não larga o cigarro porque não tem força de vontade”; “bebe de sem-vergonha”… Mapear essas “identidades clandestinas” tem sido a forma privilegiada de apontar caminhos para uma vida mais saudável, caminhos que se estreitam a cada comportamento desviante agregado, a cada risco incorporado no mapa.
Nessa topografia moral os sujeitos são posicionados sobre um fio de navalha, mas permanecem “livres” para fazer opções sobre o tipo de vida que querem levar; em contrapartida, devem arcar com os custos de uma escolha catalogada cientificamente como equivocada. Hoje, talvez mais do que em qualquer outra época, estamos cada vez mais atados à nossa própria liberdade de escolha. (RESENHA DO LIVRO NA REVISTA CIÊNCIA E SAÚDE COLETIVA
http://www.abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos/artigo_int.php?id_artigo=1283)
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